sábado, 23 de março de 2019

Ciranda...Cirandinha,musicalidade/Reapresentação: 10

Ciranda...Cirandinha...


Resultado de imagem para imagens de ciranda de roda

Música,ciranda,cantigas de roda nós remetem a infância,coisa boa mesmo que por alguns instantes sorrir,cantar e se oportunizar o erro sem cobrança.Assim foi a nossa aula de Musicalidade com a professora Luciane Cuervo e Vanessa.Uma aula que,oportunizou o canto e a disponibilidade de aprendermos ou no meu caso,relembrar um cânone,como já cantei em canto coral,foi maravilhoso.
Descobrir novas brincadeiras dentro da música,ter a música como orientadora não tem preço.
Gostei muito do nosso último encontro presencial, quer dizer todas as aulas deste semestre estão se superando em atividades práticas,nos fazendo participar e sentirmos-nos pertencentes.
Só tenho a agradecer por tudo que, as disciplinas vivenciadas até agora me oportunizaram e na expectativas das que ainda estão por vir.

Resultado de imagem para imagens de musicalidade nas series iniciais

A música como construção do conhecimento no ano de 2016 também tivemos uma interdisciplina que nos oportunizou diferentes contextos e ideias para um melhor avanço nas nossas atividades diárias em sala de aula,novamente deixei um pouco a desejar as referências entre a disciplina ofertada.Não desbravei de forma mais ampla o conteúdo ofertado ficou faltando uma análise um pouco mais detalhada para uma melhor amplificação do que era proposto na época.Faltou um pouco mais de desmembramento sobre o conteúdo.E isso se deu como relevância no meu estágio que usei muito de letras de músicas como formação do meu trabalho para se dar a ideia do que se queria.
Trechos de músicas, a música na produção dos trabalhos tudo isso se deu de forma que, que os educandos pudessem ter acesso e conhecer novos artistas desconhecidos da suas noções culturais e ouvidas com frequência.
Valeu muito ter incluído a música como ponto chave para um trabalho se tornar mais atrativo e interessante para se desenvolver um melhor trabalho e mais conhecimentos.



A valorização do contato da criança com a música já era existente há tempos, Platão dizia que “a música é um instrumento educacional mais potente do que qualquer outro”. 

Hoje é perfeitamente compreensível essa visão apresentada por Platão, visto que a música treina o cérebro para formas relevantes de raciocínio.
Eis então uma reflexão para pais e principalmente educadores, buscando inserir a música no seu planejamento, bem como criar estratégias voltadas para essa área, incentivando a criança a estudar música, seja através do canto ou da prática com um instrumento musical, isso desde a educação infantil.
Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Bibliografia:

https://educador.brasilescola.uol.com.br/sugestoes-pais-professores/a-importancia-musica-no-processo-ensinoaprendizagem.htm


Celebrando diferentes culturas,libras/Reapresentação: 9

Celebrando as diferentes Culturas

Resultado de imagem para imagens de libras e literatura
Unir a língua brasileira de sinais, com o contexto de leitura e livros para serem discutidos e trabalhados até mesmo com alunos ouvintes é uma proposta magnífica e instigante.No momento em que podemos unir a questão de usar de diferentes recursos pode-se dizer sim que,a globalização do processo de aprendizagens é mediador dessa inserção tão diferente que temos nos dias de hoje em nossos ambientes escolares.
Saber trocar e compartilhar diferentes saberes é o passo para um rumo desafiador em prol de uma educação universal de todos para todos.


Resultado de imagem para imagens da inclusao em libras nos anos iniciais
Tivemos uma interdisciplina em Libras a linguagem brasileira de sinais,para eu que gosto achei muito válida.Pena termos apenas,uma vez esse encontro em um semestre.Poderíamos ter algumas a mais,pois a riqueza deste conteúdo é fora de série.Observei que no ano de 2016 não aprofundei muito a importância da inclusão no blog.Não descrevi muito sobre o assunto,fui sucinta e não me aprofundei muito sobre o tema mas,a importância da inclusão em nossas salas de aula atualmente demonstra que estamos cada vez mais recebendo alunos para serem incluídos.Não só no âmbito das linguagens mas sim,cognitivo e psíquico.
Essa educação se faz presente cada vez mais e temos que ter a concepção que é necessário ter uma visão mais declarada para uma caminhada rumo a uma educação diferenciada para tudo e todos.

Não eduques as crianças nas várias disciplinas recorrendo à força, mas como se fosse um jogo, para que também possas observar melhor qual a disposição natural de cada um.
Platão
Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão
Paulo Freire

Estudos da matemática/ Reapresentação :8

Estudos da Matemática.


Resultado de imagem para imagens de estudos de matemática

Estudos da matemática,aula dinâmica e de muito boas perspectivas...Com jogos e questionamentos pertinentes. Os professores deram uma outra visão,outros conceitos por hora me fizeram gostar muito desse conteúdo tão atraente e ao meu ver tão complexo por muitas vezes.Embora, ainda na expectativa de novas dinâmicas e descobertas para esta disciplina.



Resultado de imagem para imagens de aula de matemática para crianças

Após,termos acesso as aulas de matemática ofertadas no ano de 2016 para nossa turma fiz uma postagem rala,sem associações a nada,nem se quer uma comunicação com o que eu mesma descrevi.Faltou interação,percepção e um pouco de conhecimento para poder evoluir mais sobre essa aula.Fazer uma mediação entre o que estava sendo aprendido com as ações que trabalho na escola, com o contexto diário de todo um processo de aprendizagem pelo qual os alunos passam e aprendem ao longo disso.
Pelo conteúdo programático da escola devemos seguir uma linha tradicional de conhecimentos ofertados, com a falta de recurso temos que "tirar o coelho da cartola" para transformar os nossos ensinamentos  para fazer com que os educandos compreendam os ensinamentos da lógica matemática dentro das suas respectivas idade para cada aprendizagem.
Hoje as escolas públicas não tem o devido material para se dar essas aprendizagens,por isso usamos de material reciclado e outros acessos para uma aprendizagem globalizada.

A ideia de que os alunos só conseguem resolver problemas usando modelos ou seguindo instruções não é correta. Para haver avanço, é preciso que os jovens criem e experimentem diferentes estratégias. 

Interpretações equivocadas sobre a contextualização do ensino da Matemática levaram alguns autores de livros didáticos e professores a acreditar que seria possível aprender a disciplina sem perceber, apenas brincando e se divertindo. Se o estudante não sabe o que está fazendo, não há aprendizagem.


Bibliografia:
https://novaescola.org.br/conteudo/2653/o-que-ensinar-em-matematica



O que é ciência/Reapresentação: 7

Nesta aula tivemos o seguinte questionamento?
O que é ciências?

Resultado de imagem para o que é ciencias

Com isso tivemos várias respostas que envolvem o que é ciências,apresentação de um vídeo que demonstrou ações dentro de uma escola que mostrou que, em diferentes situações do nosso cotidiano podemos ter a participação da ciências.
E na aula foi apresentado também experiências que podem ser realizadas com os alunos.
Aula bem boa,demonstrativa e com muita ação e ideias que podem ser aplicadas em nosso dia a dia.



Resultado de imagem para imagens de aula de ciencias para crianças

Há a ciência, uma disciplina que fascina, gosto muito quando tenho que fazer essa interação com os alunos em sala de aula.Na postagem realizada em 2016 não fiz acesso e nem interliguei ela a nenhuma ação pedagógica que realizei ao longo das minhas aprendizagens de ciência.Busquei apenas um conceito e respondi o mesmo,mais uma vez errado.Não associei ele a nada que pudesse ter caracterização com as minhas práticas educativas.Vou relatar um exemplo que interdisciplinei a geografia com a ação em ciências através de um trabalho de campo,que fizemos uma visita ao Santander Cultural, com o tema de visitação: "Museu desmiolado"- com a curadoria de: Alexandre Brito que fazia essas associações da prática que realizamos em sala de aula com as interações breves da ciência de forma diferenciada,lúdica e com práticas na própria visitação, foi fantástico pois as crianças poderam ter acessos únicos e conhecimentos novos,através do ato de brincar aprendendo e lendo fazendo associação com o que tinham lido, observado e tiveram o acesso de participar de toda a ação de forma lúdica,lendo e fazendo parte do contexto de novas aprendizagens,através da cultura.
Isso é interdisciplinaridade com informações valiosas ,guardadas para a vida.
Foi fantástico o contato,o acesso,as aprendizagens!


O estudo da ciência para as crianças terá sempre a importância de fazê-las observar o mundo de modo completamente novo, mais completo e muito mais rico, entendendo cada detalhe e conseguindo enxergar conceitos em praticamente tudo.
Não dá para garantir que uma criança seja mais preocupada com a preservação do meio ambiente, se ela simplesmente não for capaz de entender os motivos explicados pela ciência para esta preocupação.
Ao estudar a ciência, uma criança passa a ter maior conscientização da importância de ações que preservem o planeta em que vivemos, já que ela compreende que tudo está interligado.
Apresenta-se como um grande problema de ensino, a falta de conhecimento do aluno ao vencer o Ensino Fundamental I. Outro problema constatado em sala de aula é a ausência da família, que os educadores não sabem por que os pais deixam toda a responsabilidade da educação de seus filhos aos cuidados da escola, sobrecarregando o professor. Outro fator limitante no desempenho do aluno é a pratica do ensino em sala de aula pelo professor.

Bibliografia:
https://www.diariodoamapa.com.br/cadernos/artigos/a-importancia-das-ciencias-na-series-iniciais-do-ensino-fundamental-conclusao/


Aula de ciências/Reapresentação:6

Reflexões e ações na ciências.

Resultado de imagem para imagens de aulas de cie
Na aula 2 de ciências trouxemos nossas análises e reflexões das ações sugestivas para as nossas aulas,como podemos relacioná-las em nosso cotidiano.Foram diferentes ações relatadas para a mesma ação sugerida.As ações nas aulas de ciências são muito mutáveis, dependendo de cada trabalho,compreensão e de que forma cada aluno recebe essas informações.Aula bastante instigadora que nos coloca em uma metamorfose de ideias e diferentes compreensões do mundo.


Resultado de imagem para imagens de aula de ciencias para crianças
 Aonde projetamos ações,temos o linear contato com a ciência e os educandos se transformam ao fazer novas testagens,experiências , e no ano de 2016 não apresentei nada no meu relato, faltou conteúdo reflexivo sobre a temática trabalhada, não trouxe nenhum contexto com a minha realidade faltou mesmo. Observando e lendo como não temos muita experiência e essa se dá ao longo do processo de aprendizagem, pode-se dizer que sempre temos novas ações para aprender, o que descobrir, o que conhecer,o que trocar e o que se pode fazer de experiências que nem sempre darão certo mas, estão ai para nos auxiliar a evoluir de forma gradativa e com mais significados para nós e quem nos acompanha nesta jornada que se constrói diariamente.
Trabalho a ciências conforme o conteúdo programático da Escola, pois somos cobradas a seguir o que isso pede para uma competência mais globalizada do que tem que ser realizado.
Os alunos seguem e encaminham-se de acordo com as temáticas propostas trazendo suas dúvidas e realizando experimentos que constroem ao longo do processo de aprendizagem, e conseguem fazer uma análise das suas realidades com o que diz o conteúdo, realizando debates e diálogos sobre o tema em ação.
Ciências é ação, competências para a vida.

...Quando o aluno é incentivado a buscar explicações científicas, ele tem a necessidade de pesquisar o assunto e também de registrar tudo o que está sendo descoberto. Isso faz com que a leitura e a escrita se desenvolvam – fatores importantes não só para o estudo de Ciências, mas para todas as áreas do conhecimento.



Bibliografia:
https://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacoes/ensino-ciencias.htm


Diálogos,ações e projetos/Reapresentação: 5

E continua,diálogos,ações e projeto...

Resultado de imagem para imagens de projetos

E continua os encontros e trabalho voltados as ações em grupo...
 Os debates,as discussões sempre positivas em prol de um fechamento globalizado do trabalho.Mesmo não tendo aula,o encontro para  os debates e trabalhos voltados a esse projeto polêmico e tão desafiador. Falar do diverso por muitas vezes é bem complexo mas,ao mesmo tempo nos faz parar e refletir sobre o emponderamento do que está sendo realizado.Conhecer,discutir,debater e se tornar conhecedor do que se pode ou não faz parte da construção da ideia de respeito e conhecimento do novo.


Imagem relacionada

Continua a temática em cima de diálogos e ações educativas da qual viemos debatendo e fazendo um trabalho intenso na interdisciplina e não perdendo o foco desta construção pois,ao trabalhar esse tema ao longo do curso,em 2016 da qual, estou revisitando as minhas análises pude observar que, usa ação e fala um pouco rala podendo acrescentar movimentos e ações para as quais trabalho,criei, ou me fiz presente para que todo o envolvimento do meu trabalho tivesse uma sequência.Me baseando com as minhas informações e vivências pude
 aprender que o ouvir e saber instigar o aluno é crucial para uma aula mais dinâmica,objetiva e de tratamento único.Nesta postagem faltou um pouco de consideração para transcrever o que é necessário para que os diálogos e as ações de forma conjunta. No meu estágio trabalhei com ações e diálogos, o fazer, o sentir dentro do contexto e redesenhá-lo na visão de uma criança tem outra didática para imersões do dia a dia para que o trabalho seja significativo.
Com isso como é bom ouvir experiências,dicas e sobretudo ações que fazem o transformar.Pois,educação é isso ensinar para transformar.

Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.
Paulo FreireBibliografia:https://www.pensador.com/frases_pedagogicas_de_paulo_freire/




Construção e diálogos/Reapresentação: 4


Construção e diálogos...

Resultado de imagem para imagens de trabalho em equipe

Nesta aula nos encontramos para trabalhar e estruturar melhor nossos expectativas e conceitos do nosso projeto de aprendizagem.Neste dia saiu o desenho do nosso mapa conceitual,saiu uma estrutura do trabalho, esse um pouco difícil  de ganhar forma e se tornar um projeto.Será que a nossa pergunta se tornou ampla ou não conseguimos realmente compreender o objetivo desse tal projeto de aprendizagem???





Resultado de imagem para imagens das mãos da resistencia


Após, observar esta postagem realizada no ano de 2016 ,nota-se que ao invés de ser criado uma reflexão sobre  a aula,trazer partes importantes do que foi realizado em sala, apenas relatei mais uma pergunta como referência das aprendizagens daquele dia.Por certeza iria se responder sozinha,ou não? Claro que não, a inexperiência ou apenas,o fato de ter as postagens em dia faz com que por muitas vezes as ações não correspondem com as nossas funções e compreensões de realizar as atividades.
Através disto a ação de nos auto revisar é importante para que as questões sejam revisitadas e trabalhadas de forma que agora tenhamos um olhar mais avaliativo, construtivo e dialogador para que as observações se deem de forma mais acionista e reflexiva.
Com isso a construção do diálogo é necessária para as ações dialogadoras e intensivas para que,com isso possamos ser educadores positivos com olhar mais humano e instintivo para uma educação plena e cultural para tudo e todos.

A Educação qualquer que seja ela, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática.
Paulo Freire
Bibliografia:
https://www.pensador.com/paulo_freire_frases_educacao/







Poema reflexivo sobre a infância/Reapresentação: 3





Resultado de imagem para imagens sobre a infancia










Através desta publicação de 2015,observou-se um erro gravíssimo que hoje em postagens atuais não conseguiria mais fazer, colocar um título, soltar uma imagem e dar por encerrado.No meu ver atualmente sempre descrevo algo sobre o tema e tento lincar com alguma citação,trecho de leitura realizada para fazer contexto com as aprendizagens durante as aulas.
Mas,aqui falhei absurdamente...Inexperiência, ou quem sabe preguiça,enfim um fato que não poderia ter ocorrido,hoje percebo a importância o feedback para a construção das ideias e se ter uma melhor reflexão do que foi aprendido,o que ficou em reflexão ou o que se pode mudar.

Couto , Mia

A infância não é um tempo, não é uma idade, uma colecção de memórias. A infância é quando ainda não é demasiado tarde. É quando estamos disponíveis para nos surpreendermos, para nos deixarmos encantar. Quase tudo se adquire nesse tempo em que aprendemos o próprio sentimento do Tempo.
Bibliografia:
http://www.citador.pt/frases/citacoes/t/infancia/10

Reflexão sobre a história da educação no Brasil/Representação. 2

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL - Um breve resumo
A história da educação no Brasil começou em 1549 com a chegada dos primeiros padres jesuítas, inaugurando uma fase que haveria de deixar marcas profundas na cultura e civilização do país. Movidos por intenso sentimento religioso de propagação da fé cristã, durante mais de 200 anos, os jesuítas foram praticamente os únicos educadores do Brasil. Embora tivessem fundado inúmeras escolas de ler, contar e escrever, a prioridade dos jesuítas foi sempre a escola secundária, grau do ensino onde eles organizaram uma rede de colégios reconhecida por sua qualidade, alguns dos quais chegaram mesmo a oferecer modalidades de estudos equivalentes ao nível superior.

Em 1759, os jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias, abrindo um enorme vazio que não foi preenchido nas décadas seguintes. As medidas tomadas pelo ministro D. José I, o Marquês de Pombal, sobretudo a instituição do Subsídio Literário, imposto criado para financiar o ensino primário, não surtiu nenhum efeito. Só no começo do século seguinte, em 1808, com a mudança da sede do Reino de Portugal e a vinda da família Real para o Brasil-Colônia, a educação e a cultura tomaram um novo impulso, com o surgimento de instituições culturais e científicas, de ensino técnico e dos primeiros cursos superiores, como os de medicina nos estados do Rio de Janeiro e da Bahia.

Todavia, a obra educacional de D. João VI, importante em muitos aspectos, voltou-se para as necessidades imediatas da corte portuguesa no Brasil. As aulas e cursos criados, em diversos setores, tiveram o objetivo de preencher demandas de formação profissional. Esta característica haveria de ter uma enorme influência na evolução da educação superior brasileira. Acrescenta-se, ainda, que a política educacional de D. João VI, na medida em que procurou, de modo geral, concentrar-se nas demandas da corte, deu continuidade à marginalização do ensino primário.

Com a independência do país, conquistada em 1822, algumas mudanças no panorama sócio-político e econômico pareciam esboçar-se, inclusive em termos de política educacional. De fato, na Constituinte de 1823, pela primeira vez se associou apoio universal e educação popular - uma como base do outro. Também foi debatida a criação de universidades no Brasil, com várias propostas apresentadas. Como resultado desse movimento de idéias, surgiu o compromisso do Império, na Constituição de 1824, em assegurar "instrução primária e gratuita a todos os cidadãos", confirmado logo depois pela lei de 15 de outubro de 1827, que determinou a criação de escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e vilarejos, envolvendo as três instâncias do Poder Público. Teria sido a "Lei Áurea" da educação básica, caso tivesse sido implementada.

Da mesma forma, a idéia de fundação de universidades não prosperou, surgindo em seu lugar os cursos jurídicos em São Paulo e Olinda, em 1827, fortalecendo o sentido profissional e utilitário da política iniciada por D. João VI. Além disso, alguns anos depois da promulgação do Ato Adicional de 1834, delegando às províncias a prerrogativa de legislar sobre a educação primária, comprometeu em definitivo o futuro da educação básica, pois possibilitou que o governo central se afastasse da responsabilidade de assegurar educação elementar para todos. Assim, a ausência de um centro de unidade e ação, indispensável, diante das características de formação cultural e política do país, acabaria por comprometer a política imperial de educação.

A descentralização da educação básica, instituída em 1834, foi mantida pela República, impedindo o governo central de assumir posição estratégica de formulação e coordenação da política de universalização do ensino fundamental, a exemplo do que então se passava nas nações européias, nos Estados Unidos e no Japão. Em decorrência, se ampliaria ainda mais a distância entre as elites do País e as camadas sociais populares.

Na década de 1920, devido mesmo ao panorama econômico-cultural e político que se delineou após a Primeira Grande Guerra, o Brasil começou a se repensar. Em diversos setores sociais, as mudanças foram debatidas e anunciadas. O setor educacional participou do movimento de renovação. Inúmeras reformas do ensino primário foram feitas em âmbito estadual. Surgiu a primeira grande geração de educadores, Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho, Almeida Júnior, entre outros, que lideraram o movimento, tentaram implantar no Brasil os ideais da Escola Nova e divulgaram o Manifesto dos Pioneiros em 1932, documento histórico que sintetizou os pontos centrais desse movimento de idéias, redefinindo o papel do Estado em matéria educacional.

Surgiram nesse período as primeiras universidades brasileiras, do Rio de Janeiro em 1920, Minas Gerais em em 1927, Porto Alegre em em 1934 e Universidade de São Paulo em 1934. Esta última constituiu o primeiro projeto consistente de universidade no Brasil e deu início a uma trajetória cultural e científica sem precedentes.
A Constituição promulgada após a Revolução de 1930, em 1934, consignou avanços significativos na área educacional, incorporando muito do que havia sido debatido em anos anteriores. No entanto, em 1937, instaurou-se o Estado Novo concedendo ao país uma Constituição autoritária, registrando-se em decorrência um grande retrocesso. Após a queda do Estado Novo, em 1945, muitos dos ideais foram retomados e consubstanciados no Projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, enviados ao Congresso Nacional em 1948 que, após difícil trajetória, foi finalmente aprovado em 1961, Lei nº 4.024.

No período que vai da queda do Estado Novo, em 1945, até a Revolução de 1964, quando se inaugurou um novo período autoritário, o sistema educacional brasileiro passou por mudanças significativas, destacando-se entre elas o surgimento, em 1951, da atual Fundação CAPES, que é a Coordenação do Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior, a instalação do Conselho Federal de Educação, em 1961, campanhas e movimentos de alfabetização de adultos, além da expansão do ensino primário e superior. Na fase que precedeu a aprovação da LDB/61, ocorreu um admirável movimento em defesa da escola pública, universal e gratuita.

O movimento de 1964 interrompeu essa tendência. Em 1969 e 1971, foram aprovadas respectivamente a Lei 5.540/68 e 5.692/71, introduzindo mudanças significativas na estrutura do ensino superior e do ensino de 1º e 2º graus, cujos diplomas vieram basicamente em ardor até os dias atuais.

A Constituição de 1988, promulgada após amplo movimento pela redemocratização do País, procurou introduzir inovações e compromissos, com destaque para a universalização do ensino fundamental e erradicação do analfabetismo.



Reflexão:
Após a aula,do dia:(25/11/2015), pode-se se obter uma ideia de educação num contexto histórico, que começou próximo de 1500 até os dias de hoje. As diversas mudanças que se teve nesse contexto de educação até os moldes nos dias de hoje. Pode se ter essa reflexão do quanto a nossa educação pode ser uma denominação um tanto arcaica e ao mesmo tempo engatinhando para uma melhoria de forma mais lenta. Temos muito que evoluir e ter essa visão globalizada que, a nossa educação grita precisando ser mais valorizada em todos os âmbitos. Temos sim que valorizar mais, se preocupar me descobrir e investigar sempre meios e trânsitos para um melhor método de ensino aguçando o interesse em sempre saber mais. A educação como base de tudo.



Resultado de imagem para imagens da historia da educação no Brasil


Através da postagem realizada no ano de 2015 pode-se dizer que as mazelas e histórias descritas não pode-se dizer que se teve alteração.Muito pelo contrário cada vez mais estamos tendo um retrocesso em falar em educação, a educação se tornou uma palavra bonita para votos e troca de favores,se tornou uma ação política que se manipula de forma absurda em benefícios dos "senhores do comando" e a população perversamente é  aniquilada sem acesso as informações básicas ou quando tem, o esculacho e as mazelas são constantes nesse meio.
A escola se tornou trincheira de guerra,em um caos absoluto e agoniza pedindo socorro.
Minha reflexão para esse período se encaixa com a que descrevo aqui.Não tivemos solução em 500 anos,sonho nosso imaginar que em menos de quatro anos se teria uma mudança drástica.
Mas,seguimos lutando, por uma educação melhor,com acessibilidade universal e todos os acessos sejam para todos de forma unilateral sem divisão de saberes ou étnicos sociais, todos somos iguais e temos os mesmo direito.Existe uma Constituição que tem essas palavras ou quem sabe esse sentimento transcrito.
Vamos fazer valer, é direito é lei!



Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.“ — Paulo Freire filósofo e educador brasileiro 1921 - 1997

Referência: https://citacoes.in/citacoes-de-educacao/




sexta-feira, 22 de março de 2019

Reflexão sobre Alfabetização e Letramento/ Reapresentação.1

Alfabetização e Letramento: caminhos e descaminhos* Magda Soares Doutora e livre-docente em Educação e professora titular emérita da Universidade Federal de Minas Gerais. Um olhar histórico sobre a alfabetização escolar no Brasil revela uma trajetória de sucessivas mudanças conceituais e, consequentemente, metodológicas. Atualmente, parece que de novo estamos enfrentando um desses momentos de mudança – é o que prenuncia o questionamento a que vêm sendo submetidos os quadros conceituais e as práticas deles decorrentes que prevaleceram na área da alfabetização nas últimas três décadas: pesquisas que têm identificado problemas nos processos e resultados da alfabetização de crianças no contexto escolar, insatisfações e inseguranças entre alfabetizadores, perplexidade do poder público e da população diante da persistência do fracasso da escola em alfabetizar, evidenciada por avaliações nacionais e estaduais, vêm provocando críticas e motivando propostas de reexame das teorias e práticas atuais de alfabetização. Um momento como este é, sem dúvida, desafiador, porque estimula a revisão dos caminhos já trilhados e a busca de novos caminhos, mas é também ameaçador, porque pode conduzir a uma rejeição simplista dos caminhos trilhados e a propostas de solução que representem desvios para indesejáveis descaminhos. Este artigo pretende discutir esses caminhos e descaminhos, de que se falará mais explicitamente no tópico final; a esse tópico final se chegará por dois outros que o fundamentam e justificam: um primeiro que busca esclarecer e relacionar os conceitos de alfabetização e letramento, e um segundo que pretende encontrar, nas relações entre esses dois processos, explicações para os caminhos e descaminhos que vimos percorrendo, nas últimas décadas, na área da alfabetização. Alfabetização, letramento: conceitos Letramento é palavra e conceito recentes, introduzidos na linguagem da educação e das ciências linguísticas há pouco mais de duas décadas. Seu surgimento pode ser interpretado como decorrência da necessidade de configurar e nomear comportamentos e práticas sociais na área da leitura e da escrita que ultrapassem o domínio do sistema alfabético e ortográfico, nível de aprendizagem da língua escrita perseguido, tradicionalmente, pelo processo de alfabetização. Esses comportamentos e práticas sociais de leitura e de escrita foram adquirindo 97 CONTEÚDO E DIDÁTICA DE ALFABETIZAÇÃOL visibilidade e importância à medida que a vida social e as atividades profissionais tornaram- -se cada vez mais centradas na e dependentes da língua escrita, revelando a insuficiência de apenas alfabetizar – no sentido tradicional – a criança ou o adulto. Em um primeiro momento, essa visibilidade traduziu-se ou em uma adjetivação da palavra alfabetização – alfabetiza- ção funcional tornou-se expressão bastante difundida – ou em tentativas de ampliação do significado de alfabetização/alfabetizar por meio de afirmações como “alfabetização não é apenas aprender a ler e escrever”, “alfabetizar é muito mais que apenas ensinar a codificar e decodificar”, e outras semelhantes. A insuficiência desses recursos para criar objetivos e procedimentos de ensino e de aprendizagem que efetivamente ampliassem o significado de alfabetização, alfabetizar, alfabetizado, é que pode justificar o surgimento da palavra letramento, consequência da necessidade de destacar e claramente configurar, nomeando-os, comportamentos e práticas de uso do sistema de escrita, em situações sociais em que a leitura e/ ou a escrita estejam envolvidas. Entretanto, provavelmente devido ao fato de o conceito de letramento ter sua origem em uma ampliação do conceito de alfabetização, esses dois processos têm sido frequentemente confundidos e até mesmo fundidos. Pode-se admitir que, no plano conceitual, talvez a distinção entre alfabetização e letramento não fosse necessária, bastando que se ressignificasse o conceito de alfabetização (como sugeriu Emilia Ferreiro em recente entrevista concedida à revista Nova Escola, n. 162, maio 2003); no plano pedagógico, porém, a distinção torna-se conveniente, embora também seja imperativamente conveniente que, ainda que distintos, os dois processos sejam reconhecidos como indissociáveis e interdependentes. Assim, por um lado, é necessário reconhecer que alfabetização – entendida como a aquisição do sistema convencional de escrita – distingue-se de letramento – entendido como o desenvolvimento de comportamentos e habilidades de uso competente da leitura e da escrita em práticas sociais: distinguem-se tanto em relação aos objetos de conhecimento quanto em relação aos processos cognitivos e linguísticos de aprendizagem e, portanto, também de ensino desses diferentes objetos. Tal fato explica por que é conveniente a distinção entre os dois processos. Por outro lado, também é necessário reconhecer que, embora distintos, alfabetiza- ção e letramento são interdependentes e indissociáveis: a alfabetização só tem sentido quando desenvolvida no contexto de práticas sociais de leitura e de escrita e por meio dessas práticas, ou seja, em um contexto de letramento e por meio de atividades de letramento; este, por sua vez, só pode desenvolver-se na dependência da e por meio da aprendizagem do sistema de escrita. Distinção, mas indissociabilidade e interdependência: quais as consequências disso para a aprendizagem da língua escrita na escola? Aprendizagem da língua escrita: alfabetização e/ou letramento? Uma análise das mudanças conceituais e metodológicas ocorridas ao longo da história do ensino da língua escrita no início da escolarização revela que, até os anos 80, o objetivo 98 CONTEÚDO E DIDÁTICA DE ALFABETIZAÇÃOL maior era a alfabetização (tal como acima definida), isto é, enfatizava-se fundamentalmente a aprendizagem do sistema convencional da escrita. Em torno desse objetivo principal, mé- todos de alfabetização alternaram-se em um movimento pendular: ora a opção pelo princípio da síntese, segundo o qual a alfabetização deve partir das unidades menores da língua – os fonemas, as sílabas – em direção às unidades maiores – a palavra, a frase, o texto (método fônico, método silábico); ora a opção pelo princípio da análise, segundo o qual a alfabetização deve, ao contrário, partir das unidades maiores e portadoras de sentido – a palavra, a frase, o texto – em direção às unidades menores (método da palavração, método da sentenciação, método global). Em ambas as opções, porém, a meta sempre foi a aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico da escrita; embora se possa identificar, na segunda opção, uma preocupação também com o sentido veiculado pelo código, seja no nível do texto (método global), seja no nível da palavra ou da sentença (método da palavração, método da sentenciação), estes – textos, palavras, sentenças – são postos a serviço da aprendizagem do sistema de escrita: palavras são intencionalmente selecionadas para servir à sua decomposição em sílabas e fonemas, sentenças e textos são artificialmente construídos, com rígido controle léxico e morfossintático, para servir à sua decomposição em palavras, sílabas, fonemas. Assim, pode-se dizer que até os anos 80 a alfabetização escolar no Brasil caracterizou-se por uma alternância entre métodos sintéticos e métodos analíticos, mas sempre com o mesmo pressuposto – o de que a criança, para aprender o sistema de escrita, dependeria de estímulos externos cuidadosamente selecionados ou artificialmente construídos – e sempre com o mesmo objetivo – o domínio desse sistema, considerado condição e pré-requisito para que a criança desenvolvesse habilidades de uso da leitura e da escrita, isto é, primeiro, aprender a ler e a escrever, verbos nesta etapa considerados intransitivos, para só depois de vencida essa etapa atribuir complementos a esses verbos: ler textos, livros, escrever histórias, cartas, etc. Nos anos 80, a perspectiva psicogenética da aprendizagem da língua escrita, divulgada entre nós, sobretudo pela obra e pela atuação formativa de Emilia Ferreiro, sob a denominação de “construtivismo”, trouxe uma significativa mudança de pressupostos e objetivos na área da alfabetização, porque alterou fundamentalmente a concepção do processo de aprendizagem e apagou a distinção entre aprendizagem do sistema de escrita e práticas efetivas de leitura e de escrita. Essa mudança paradigmática permitiu identificar e explicar o processo através do qual a criança constrói o conceito de língua escrita como um sistema de representação dos sons da fala por sinais gráficos, ou seja, o processo através do qual a criança torna-se alfabética; por outro lado, e como consequência disso, sugeriu as condições em que mais adequadamente se desenvolve esse processo, revelando o papel fundamental de uma interação intensa e diversificada da criança com práticas e materiais reais de leitura e escrita a fim de que ocorra o processo de conceitualização da língua escrita. No entanto, o foco no processo de conceitualização da língua escrita pela criança e a ênfase na importância de sua interação com práticas de leitura e de escrita como meio para provocar e motivar esse processo têm subestimado, na prática escolar da aprendizagem inicial 99 CONTEÚDO E DIDÁTICA DE ALFABETIZAÇÃOL da língua escrita, o ensino sistemático das relações entre a fala e a escrita, de que se ocupa a alfabetização, tal como anteriormente definida. Como consequência de o construtivismo ter evidenciado processos espontâneos de compreensão da escrita pela criança, ter condenado os métodos que enfatizavam o ensino direto e explícito do sistema de escrita e, sendo fundamentalmente uma teoria psicológica, e não pedagógica, não ter proposto uma metodologia de ensino, os professores foram levados a supor que, apesar de sua natureza convencional e com frequência arbitrária, as relações entre a fala e a escrita seriam construídas pela criança de forma incidental e assistemática, como decorrência natural de sua interação com inúmeras e variadas práticas de leitura e de escrita, ou seja, através de atividades de letramento, prevalecendo, pois, estas sobre as atividades de alfabetização. É, sobretudo essa ausência de ensino direto, explícito e sistemático da transferência da cadeia sonora da fala para a forma gráfica da escrita que tem motivado as críticas que atualmente vêm sendo feitas ao construtivismo. Além disso, é ela que explica por que vêm surgindo, surpreendentemente, propostas de retorno a um método fônico como solução para os problemas que estamos enfrentando na aprendizagem inicial da língua escrita pelas crianças. Cabe salientar, porém, que não é retornando a um passado já superado e negando avanços teóricos incontestáveis que esses problemas serão esclarecidos e resolvidos. Por outro lado, ignorar ou recusar a crítica aos atuais pressupostos teóricos e a insuficiência das práticas que deles têm decorrido resultará certamente em mantê-los inalterados e persistentes. Em outras palavras: o momento é de procurar caminhos e recusar descaminhos. Caminhos e descaminhos A aprendizagem da língua escrita tem sido objeto de pesquisa e estudo de várias ciências nas últimas décadas, cada uma delas privilegiando uma das facetas dessa aprendizagem. Para citar as mais salientes: a faceta fônica, que envolve o desenvolvimento da consciência fonológica, imprescindível para que a criança tome consciência da fala como um sistema de sons e compreenda o sistema de escrita como um sistema de representação desses sons, e a aprendizagem das relações fonema-grafema e demais convenções de transferência da forma sonora da fala para a forma gráfica da escrita; a faceta da leitura fluente, que exige o reconhecimento holístico de palavras e sentenças; a faceta da leitura compreensiva, que supõe ampliação de vocabulário e desenvolvimento de habilidades como interpretação, avaliação, inferência, entre outras; a faceta da identificação e do uso adequado das diferentes funções da escrita, dos diferentes portadores de texto, dos diferentes tipos e gêneros de texto, etc. Cada uma dessas facetas é fundamentada por teorias de aprendizagem, princípios fonéticos e fonológicos, princípios linguísticos, psicolinguísticos e sociolinguísticos, teorias da leitura, teorias da produção textual, teorias do texto e do discurso, entre outras. Consequentemente, cada uma dessas facetas exige metodologia de ensino específica, de acordo com sua natureza, algumas dessas metodologias caracterizadas por ensino direto e explícito, como é o caso da faceta para a qual se volta a alfabetização, outras caracterizadas por ensino muitas vezes incidental e indireto, porque dependente das possibilidades e motivações das crianças, bem como 100 CONTEÚDO E DIDÁTICA DE ALFABETIZAÇÃOL das circunstâncias e do contexto em que se realize a aprendizagem, como é caso das facetas que se caracterizam como de letramento. A tendência, porém, tem sido privilegiar na aprendizagem inicial da língua escrita apenas uma de suas várias facetas e, por conseguinte, apenas uma metodologia: assim fazem os métodos hoje considerados como “tradicionais”, que, como já foi dito, voltam-se predominantemente para a faceta fônica, isto é, para o ensino e a aprendizagem do sistema de escrita; por outro lado, assim também tem feito o chamado “construtivismo”, que se volta predominantemente para as facetas referentes ao letramento, privilegiando o envolvimento da criança com a escrita em suas diferentes funções, seus diferentes portadores, com os muitos tipos e gêneros de texto. No entanto, os conhecimentos que atualmente esclarecem tanto os processos de aprendizagem quanto os objetos da aprendizagem da língua escrita, e as relações entre aqueles e estes, evidenciam que privilegiar uma ou algumas facetas, subestimando ou ignorando outras, é um equívoco, um descaminho no ensino e na aprendizagem da língua escrita, mesmo em sua etapa inicial. Talvez por isso temos sempre fracassado nesse ensino e aprendizagem; o caminho para esse ensino e aprendizagem é a articulação de conhecimentos e metodologias fundamentados em diferentes ciências e sua tradução em uma prática docente que integre as várias facetas, articulando a aquisição do sistema de escrita, que é favorecida por ensino direto, explícito e ordenado, aqui compreendido como sendo o processo de alfabetização, com o desenvolvimento de habilidades e comportamentos de uso competente da língua escrita nas práticas sociais de leitura e de escrita, aqui compreendido como sendo o processo de letramento. O emprego dos verbos integrar e articular retoma a afirmação anterior de que os dois processos – alfabetização e letramento – são, no estado atual do conhecimento sobre a aprendizagem inicial da língua escrita, indissociáveis, simultâneos e interdependentes: a criança alfabetiza-se, constrói seu conhecimento do sistema alfabético e ortográfico da língua escrita, em situações de letramento, isto é, no contexto de e por meio de interação com material escrito real, e não artificialmente construído, e de sua participação em práticas sociais de leitura e de escrita; por outro lado, a criança desenvolve habilidades e comportamentos de uso competente da língua escrita nas práticas sociais que a envolvem no contexto do, por meio do e em dependência do processo de aquisição do sistema alfabético e ortográfico da escrita. Esse alfabetizar letrando, ou letrar alfabetizando, pela integração e pela articulação das várias facetas do processo de aprendizagem inicial da língua escrita, é, sem dúvida, o caminho para a superação dos problemas que vimos enfrentando nesta etapa da escolarização; descaminhos serão tentativas de voltar a privilegiar esta ou aquela faceta, como se fez no passado, como se faz hoje, sempre resultando em fracasso, esse reiterado fracasso da escola brasileira em dar às crianças acesso efetivo e competente ao mundo da escrita. * Artigo publicado pela revista Pátio – Revista Pedagógica de 29 de fevereiro de 2004, pela Artmed Editora. Nossos agradecimentos à Editora por permitir a presente publicação.





REFLEXÃO:

A importância da alfabetização e letramento no processo de aprendizagem da criança,sendo ela foneticamente ou através da ludicidade,esses meios fazem com que percorramos caminhos a serem desvendados até a busca adequada, para o grupo.
Esse processo se faz necessário,muitas vezes travamos nas dificuldades do processo,Mas,a busca contínua,pesquisa e diversas leituras nos fazem refletir sempre para um avanço positivo em prol da educação.


Resultado de imagem para imagens de alfabetização e letramento
Após poder observar e ler o que foi colocado ao longo do ano de 2015 referente essa temática,observa-se que busquei sim referências ao tema mas, uma reflexão um pouco vaga referente a tudo que se aprendeu e se dialogou sobre essa disciplina.
Esse parágrafo descrito por mim, posso dizer que sim a ludicidade trás formatos diferenciados e diversificados para um ampliação da aprendizagem mas,hoje também precisamos trabalhar com aluno diferentes aspectos para que essa amplificação se dê de forma globalizada para que o mesmo possa trabalhar e receber novos conhecimentos e através desta conjuntura ter uma visão de que a criança tem o seu desenvolvimento com as descobertas que ele mesmo tem de leitura do mundo.

As crianças

Emília Ferreiro

As crianças não precisam atingir uma certa idade e nem precisam de professores para começar a aprender. A partir do nascimento já são construtoras de conhecimento. Levantam problemas difíceis e abstratos e tratam por si próprias de descobrir respostas para elas. Estão construindo objetos complexos de conhecimento. E o sistema de escrita é um deles.
Bibliografia:
https://www.mensagenscomamor.com/mensagem/147184