sexta-feira, 18 de dezembro de 2015


Psicologia da Educação e Desenvolvimento Infantil
Descrição: Leonardo Delgado
Enviado por: 

Arquivado no curso de Matemática na UFPI

NIDADE 2: A Psicologia da Educação no Brasil 2.1 – A evolução histórica da Psicologia da Educação
2.1.1 – Influências antecedentes: a instituição da Psicologia da Educação no mundo
A compreensão da constituição da Psicologia da Educação no Brasil exige sua contextualização em um quadro histórico mais amplo, de modo que você possa verificar as origens desse campo do conhecimento humano tão essencial para a Educação, que juntamente com outras áreas, permite entender melhor o fenômeno educacional.
Nesse sentido, as origens da Psicologia da Educação remontam ao Funcionalismo norte-americano, sob a influência de uma das primeiras escolas da Psicologia que você já estudou na unidade anterior. Como nós já vimos, em função das características próprias da sociedade americana, em especial o pragmatismo, só era valorizado o que era útil. Por essa razão, a Psicologia da Educação surge inicialmente para resolver os problemas da educação nos Estados Unidos, por volta de 1894. A partir dessa década, o número de psicólogos voltados para esse campo teve um crescimento admirável. Stanley Hall e Edward Thorndike são considerados como os que mais contribuíram para o desenvolvimento desse campo, embora partissem de posições teoricamente distintas.
Em 1905 tem início o uso de testes de inteligência para aferir o desempenho dos alunos, a partir do teste criado por Alfred Binet (psicólogo francês) e Théodore Simon, os quais receberam essa incumbência do Ministro de Instrução da França que desejava separar os alunos que tinham um bom desempenho, daqueles que apresentavam dificuldades de aprendizagem. É o sinal para o desenvolvimento espetacular dos testes de inteligência.
A Psicologia passa a ser considerada a solução para todos os problemas da educação, o que fez com que se tornasse uma espécie de mania nacional nos Estados Unidos, sendo amplamente divulgada não apenas em periódicos científicos, mas também em revistas populares e em outros meios de comunicação, como jornais, por exemplo. Essa psicologia aplicada se estendeu a campos outros, tais como: à clínica, ao Direito e à publicidade.
Escola da Filosofia tem como fundamento a concepção de que os atos e as idéias somente são verdadeiros se permitem solucionar os problemas do indivíduo.
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Essa fase de euforia em relação à Psicologia como um todo começa a diminuir quando se comprova que essa promessa não se cumpre. Nas décadas de 20 e 30, a Psicologia passa, assim, por um período de severas críticas, as quais só diminuem na Segunda Guerra Mundial, quando é chamada a solucionar outros problemas.
Especificamente no que se refere à Psicologia da Educação, observa-se sua influência em outros países, como a Suíça, por exemplo, sob a iniciativa de Claparède que cria o Instituto de Pesquisa Psicológica Jean Jacques Rosseau.
A Psicologia da Educação alcança enorme desenvolvimento em três áreas: psicologia da criança, medida das diferenças individuais e aprendizagem. Tal fato é decisivo para que esta assuma um lugar de destaque no cenário educacional, chegando a ser considerada a rainha das ciências da educação, contribuindo para que se acreditasse que seria possível, a partir dessa disciplina estabelecer o estatuto de cientificidade da Pedagogia.
No início da década de 50, a Psicologia da Educação apresenta um enorme paradoxo: por um lado, oficialmente, é considerada a disciplina que mais coopera com a Pedagogia no sentido de esclarecer os fenômenos educativos; por outro, ao ampliar desmedidamente seu campo de atuação, torna imprecisos seus limites, ou seja, o seu objeto de estudo se perde e, conseqüentemente, sua identidade.
É nesse contexto, no decorrer dessa década que a Psicologia da Educação passa por um período de severas críticas, as quais aliadas ao contexto sócio-histórico do momento terminam por colocá-la em xeque. Entre as críticas que sofreu está o número de escolas que a compõem e que apresentam visões distintas sobre o mesmo fenômeno. Aliado a isso, o surgimento de disciplinas como Planejamento educativo, Sociologia da Educação e Economia da Educação acentuam o fato de que a Psicologia da Educação não era capaz de dar resposta a todas as questões levantadas pela Educação.
No decorrer da década de 50, inúmeras transformações nos mais diversos domínios terminaram por favorecer novamente a Psicologia da Educação, como por exemplo, o final da guerra fria e a prosperidade econômica do período,
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Não obstante tal fato, a Psicologia da Educação ao verse obrigada a dividir o espaço conquistado com outras disciplinas, passa por modificações que podem ser consideradas positivas, tendo em vista que foi nesse período que delimitou seu objeto de estudo, precisou seus conteúdos e explorou novos aspectos do fenômeno educativo. Um exemplo é o interesse desenvolvido pela aprendizagem de disciplinas específicas no contexto escolar, como a matemática, e os elementos envolvidos nesse processo.
A partir da década de 70 até os dias atuais, a Psicologia da Educação começa a desenvolver estudos mais intensos na área da aprendizagem, aproximando-se da Psicologia da Instrução (que trata dos aspectos instrumentais do processo de aprendizagem), assim como esta última se aproxima da Psicologia Cognitiva.
Esse breve percurso pela história da Psicologia da E- ducação no contexto mundial permite-nos agora, focalizar o desenvolvimento desta no Brasil, o que será feito no próximo tópico, mas antes disso, seria interessante que você resolvesse a seguinte atividade.



REFLEXÃO:
A psicologia da educação e o desenvolvimento infantil fazem parte do contexto inicial para um trabalho com amplo aspecto e de forma a trabalhar-se melhor de forma e de que forma se pode ser realizada,conduzida,esperada e diagnosticada.Ao passar dos tempos essas evidências foram ganham notoriedade para que se aprofunda-se essas sínteses para uma melhor jornada e caminhada no processo evolutivo na educação do Brasil nos dias de hoje.

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