Psicologia da Educação e Desenvolvimento Infantil
Enviado
por:
NIDADE 2: A Psicologia da Educação no Brasil 2.1 –
A evolução histórica da Psicologia da Educação
2.1.1 – Influências antecedentes: a instituição da
Psicologia da Educação no mundo
A compreensão da constituição da Psicologia da
Educação no Brasil exige sua contextualização em um quadro histórico mais
amplo, de modo que você possa verificar as origens desse campo do conhecimento
humano tão essencial para a Educação, que juntamente com outras áreas, permite
entender melhor o fenômeno educacional.
Nesse sentido, as origens da Psicologia da Educação
remontam ao Funcionalismo norte-americano, sob a influência de uma das
primeiras escolas da Psicologia que você já estudou na unidade anterior. Como
nós já vimos, em função das características próprias da sociedade americana, em
especial o pragmatismo, só era valorizado o que era útil. Por essa razão, a
Psicologia da Educação surge inicialmente para resolver os problemas da
educação nos Estados Unidos, por volta de 1894. A partir dessa década, o número
de psicólogos voltados para esse campo teve um crescimento admirável. Stanley
Hall e Edward Thorndike são considerados como os que mais contribuíram para o
desenvolvimento desse campo, embora partissem de posições teoricamente
distintas.
Em 1905 tem início o uso de testes de inteligência
para aferir o desempenho dos alunos, a partir do teste criado por Alfred Binet
(psicólogo francês) e Théodore Simon, os quais receberam essa incumbência do
Ministro de Instrução da França que desejava separar os alunos que tinham um
bom desempenho, daqueles que apresentavam dificuldades de aprendizagem. É o
sinal para o desenvolvimento espetacular dos testes de inteligência.
A Psicologia passa a ser considerada a solução para
todos os problemas da educação, o que fez com que se tornasse uma espécie de
mania nacional nos Estados Unidos, sendo amplamente divulgada não apenas em
periódicos científicos, mas também em revistas populares e em outros meios de
comunicação, como jornais, por exemplo. Essa psicologia aplicada se estendeu a
campos outros, tais como: à clínica, ao Direito e à publicidade.
Escola da Filosofia tem como fundamento a concepção
de que os atos e as idéias somente são verdadeiros se permitem solucionar os
problemas do indivíduo.
– 35 –
Essa fase de euforia em relação à Psicologia como
um todo começa a diminuir quando se comprova que essa promessa não se cumpre.
Nas décadas de 20 e 30, a Psicologia passa, assim, por um período de severas
críticas, as quais só diminuem na Segunda Guerra Mundial, quando é chamada a
solucionar outros problemas.
Especificamente no que se refere à Psicologia da
Educação, observa-se sua influência em outros países, como a Suíça, por
exemplo, sob a iniciativa de Claparède que cria o Instituto de Pesquisa
Psicológica Jean Jacques Rosseau.
A Psicologia da Educação alcança enorme
desenvolvimento em três áreas: psicologia da criança, medida das diferenças
individuais e aprendizagem. Tal fato é decisivo para que esta assuma um lugar
de destaque no cenário educacional, chegando a ser considerada a rainha das
ciências da educação, contribuindo para que se acreditasse que seria possível,
a partir dessa disciplina estabelecer o estatuto de cientificidade da
Pedagogia.
No início da década de 50, a Psicologia da Educação
apresenta um enorme paradoxo: por um lado, oficialmente, é considerada a
disciplina que mais coopera com a Pedagogia no sentido de esclarecer os
fenômenos educativos; por outro, ao ampliar desmedidamente seu campo de
atuação, torna imprecisos seus limites, ou seja, o seu objeto de estudo se
perde e, conseqüentemente, sua identidade.
É nesse contexto, no decorrer dessa década que a
Psicologia da Educação passa por um período de severas críticas, as quais
aliadas ao contexto sócio-histórico do momento terminam por colocá-la em xeque.
Entre as críticas que sofreu está o número de escolas que a compõem e que
apresentam visões distintas sobre o mesmo fenômeno. Aliado a isso, o surgimento
de disciplinas como Planejamento educativo, Sociologia da Educação e Economia
da Educação acentuam o fato de que a Psicologia da Educação não era capaz de
dar resposta a todas as questões levantadas pela Educação.
No decorrer da década de 50, inúmeras
transformações nos mais diversos domínios terminaram por favorecer novamente a
Psicologia da Educação, como por exemplo, o final da guerra fria e a
prosperidade econômica do período,
– 36 – que culminaram em mais recursos para a
educação e, conseqüentemente, para a psicologia.
Não obstante tal fato, a Psicologia da Educação ao
verse obrigada a dividir o espaço conquistado com outras disciplinas, passa por
modificações que podem ser consideradas positivas, tendo em vista que foi nesse
período que delimitou seu objeto de estudo, precisou seus conteúdos e explorou
novos aspectos do fenômeno educativo. Um exemplo é o interesse desenvolvido
pela aprendizagem de disciplinas específicas no contexto escolar, como a
matemática, e os elementos envolvidos nesse processo.
A partir da década de 70 até os dias atuais, a
Psicologia da Educação começa a desenvolver estudos mais intensos na área da
aprendizagem, aproximando-se da Psicologia da Instrução (que trata dos aspectos
instrumentais do processo de aprendizagem), assim como esta última se aproxima
da Psicologia Cognitiva.
Esse breve percurso pela história da Psicologia da
E- ducação no contexto mundial permite-nos agora, focalizar o desenvolvimento
desta no Brasil, o que será feito no próximo tópico, mas antes disso, seria
interessante que você resolvesse a seguinte atividade.
REFLEXÃO:
A psicologia da educação e o desenvolvimento
infantil fazem parte do contexto inicial para um trabalho com amplo aspecto e
de forma a trabalhar-se melhor de forma e de que forma se pode ser
realizada,conduzida,esperada e diagnosticada.Ao passar dos tempos essas
evidências foram ganham notoriedade para que se aprofunda-se essas sínteses
para uma melhor jornada e caminhada no processo evolutivo na educação do Brasil
nos dias de hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário